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B3 acompanha Chicago e milho se valoriza nesta segunda

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A segunda-feira (27) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 83,06 e R$ 85,38. 

O vencimento maio/23 foi cotado à R$ 84,03 com alta de 0,04%, o julho/23 valeu R$ 83,61 com elevação de 0,34%, o setembro/23 foi negociado por R$ 83,06 com baixa de 0,20% e o novembro/23 teve valor de R$ 85,38 com ganho de 0,06%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a alta da B3 nesta segunda-feira refletiu as movimentações positivas da Bolsa de Chicago, que foi puxada pelas cotações do trigo com forte demanda. 

Brandalizze destaca preços do milho entre R$ 73,00 e R$ 75,00 no balcão gaúcho na região das Missões, entre R$ 78,00 e R$ 80,00 junto as indústrias gaúchas e de R$ 65,00 a R$ 70,00 nos balcões paranaenses, catarinenses, mineiros e paulistas. “O problema é que muita gente está começando a não querer mais receber milho. Não tem armazéns e não está tendo condições de secar porque o pessoal está dando preferência à soja que está na colheita”, pontua. 

Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apontam que o Brasil já exportou 1.139.989,1 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) até este momento do mês de março.  

Sendo assim, o volume acumulado apenas nos 18 primeiros dias úteis do mês já representa 7.983% mais do que o total de 14.278,9 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de março de 2022.             

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No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve uma segunda-feira de altos e baixos. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações nas praças de Rio do Sul/SC, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO e São Gabriel do Oeste/MS. Já as valorizações apareceram em Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT e Itiquira/MT. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho os negócios seguem ocorrendo de maneira pontual e o cereal encerrou a última semana na casa dos R$ 84,00/sc em Campinas/SP”.  

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços médios do milho seguem em queda, operando nos menores patamares do ano em muitas praças acompanhadas pelo Cepea.  

“Este cenário de baixa se deve à elevada produção da safra verão, ao clima favorável ao desenvolvimento da segunda temporada e, principalmente, à redução da demanda interna”, explica.  

De acordo com colaboradores do Cepea, as negociações se mantêm calmas no spot nacional. “Enquanto produtores se mantêm mais flexíveis, tendo em vista as necessidades de fazer caixa e/ou de liberar espaço nos armazéns, compradores demonstram baixo interesse em novas aquisições”.   

Mercado Externo 

A Bolsa de Chicago (CBOT) também teve um primeiro dia da semana positivo para os preços internacionais do milho futuro. 

O vencimento maio/23 foi cotado à US$ 6,48 com ganho de 5,25 pontos, o julho/23 valeu US$ 6,29 com alta de 6,75 pontos, o setembro/23 foi negociado por US$ 5,78 com elevação de 9,25 pontos e o dezembro/23 teve valor de US$ 5,69 com valorização de 9,50 pontos. 

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última sexta-feira (24) de 0,78% para o maio/23, de 0,96% para o julho/23, de 1,58% para o setembro/23 e de 1,61% para o dezembro/23. 

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho continuaram a subir na segunda-feira, graças a outra venda relâmpago anunciada esta manhã.  

Exportadores privados anunciaram a venda de 111.760 toneladas de milho para entrega em destinos desconhecidos durante a safra 2022/23, que começa em 1º de setembro. 

Por outro lado, a publicação destaca que o último conjunto de dados de inspeção de exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) não impressionou. 

As inspeções de exportação de milho caíram bem abaixo do total da semana anterior para 665.480 toneladas na semana até 23 de março. Isso também ficou abaixo de toda a faixa de estimativas de analistas, que ficaram entre 701.040 e 1,399 milhão de toneladas. 

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